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domingo, 15 de maio de 2016

Startup, o que é?
























O que nós sabemos sobre startups no Brasil?

1) DEFINIÇÃO

Aqui vamos definir startup como uma jovem empresa com produtos inovadores, mas muito arriscados, geralmente com componente tecnológico.

Outras definições são possíveis: o especialista Yuri Gitahy adotou "um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios repetível e escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza" (Fonte: Revista Exame).

A Associação Brasileira de Startups criou uma definição bastante semelhante: "Uma empresa de base tecnológica, com um modelo de negócios repetível e escalável, que possui elementos de inovação e trabalha em condições de extrema incerteza"

2) DESAFIO

Transformar ideias em startups. Aí está o grande desafio daqueles que, motivados pelas trajetórias de empreendedores de sucesso, se arriscam (literalmente) nesse nicho do mercado.

3) JUSTIFICATIVA

Ideias geniais, por si só, não valem para justificar a criação de uma startup. É preciso que ela seja útil. Foco é o problema que elas resolvem.

4) ACELERADORAS

Aceleradora é a empresa que reúne, em um só lugar, diversas startups com o objetivo de levá-las a estágio mais maduro, em troca de uma fatia nos negócios (10% na maioria dos casos). Apesar de recentes, organizam processos seletivos disputadíssimos. Oferece: infraestrutura, expertise, investimento e uma valiosa rede de contatos. O regime de trabalho é de coworking, em que startups diferentes compartilham mesões, facilitando o networking. A estada dura de seis a 16 meses. No início do processo, as empresas recebem um investimento modesto, entre R$ 20 e R$ 50 mil.

5) DEMO DAY

A principal missão de uma startup é deixar de ser startup, amadurecer. Para isso, precisa buscar investimentos. É quando acontecem os Demo Day, ocasiões em que os empreendedores explicam seus negócios em poucos minutos (pitch) a plateias com dezenas de investidores de capital de risco. A partir de Demo Day, não raro consegue-se capitar centenas de milhares de reais, mas também é comum sair de mãos vazias.

6) INTERNACIONALIZAÇÃO

A ideia de muitas startups é, já consolidadas, concluir a aceleração com o pé em mercados estrangeiros.

7) FRACASSO

Infelizmente, a realidade das startups é dura. Mesmo aquelas que recebem bons investimentos em dinheiro podem vir a fracassar. Na verdade, falir parece ser a regra nesse universo de alto risco. Um dos erros mais comuns cometidos por quem funda uma startup é ficar cego pela tecnologia. Para dar certo, uma startup precisa ter maleabilidade. Os erros fazem parte do processo, mas é preciso corrigir rapidamente e se adaptar.

8) PITCH

"Imagine encontrar o Bill Gates no elevador? Você precisa vender sua ideia até chegar ao térreo. Se enrolar, perde a oportunidade. Às vezes o empreendedor tem um ótimo projeto, mas por falta de um bom pitch fica sem o investimento". (CLÁUDIO NASAJON)

pitch é um modelo de apresentação pensando num encontro com pessoas importantes, mas em ambientes não usuais para a realização de negócios, como o elevador. O empreendedor deve, em segundos, mostrar o potencial de sua ideia para convencer o investidor.

É um primeiro contato, o início de um relacionamento. Deve despertar o interesse do investidor. Enrolar é o erro comum. Para não se dar mal, é preciso treino e conhecimento do negócio.

9) CROWDFUNDING

Para aqueles que não conseguem uma aceleradora, nem um investidor (que exige um produto em fase mais avançada), a alternativa é tentar o voo solo, usando do próprio bolso e encontrando soluções criativas para dar o pontapé inicial.

crowdfunding consiste na obtenção de capital por meio da união de várias fontes de financiamento, em geral pessoas físicas interessadas na iniciativa.

10) BOOTSTRAPPING

Empreender, criar uma startup, usando somente recursos próprios, sem recorrer a recursos externos. Sem dinheiro sobrando, a equipe precisa ter foco nas ações com resultado rápido para poder fechar as contas do mês.

O lado bom do bootstrapping é que torna o negócio saudável, eficiente, por não dar espaço para erro ou apostas em ideias de longo prazo, ele exige um resultado imediato. Também dá mais liberdade no negócio. Afinal, "quem consegue um investidor, consegue um sócio. E sócio quer dar pitaco".

11) INCUBADORAS

Enquanto as aceleradoras suportam por poucos meses startups com potencial de crescimento rápido, geralmente na área digital, em troca de fatia nos negócios, a incubadora busca companhias capazes de "escoar" para o mercado tecnologias criadas nos laboratórios. Por isso, os setores da economia e o tempo de incubação são mais amplos. São próprias de ambientes universitários.

12) INVESTIDORES-ANJOS

O modelo é simples: em troca do investimento, o empreendedor cede participação acionária no empreendimento ao anjo. Em tese, o investimento-anjo é uma forma de aplicação de capital de risco (venture capital). Um valor entre R$ 1,5 milhão e R$ 5 milhões no caso de firmas com faturamento abaixo de R$ 30 milhões. Um processo longo, levando sempre mais de seis meses entre o primeiro encontro do investidor com a startup e a formalização do aporte.

Nesse período, o fundo faz auditoria completa da startup, inspecionando desde o faturamento da empresa até a relação com os funcionários. Isso busca evitar que os investidores-anjos venham a ser surpreendidos por problemas depois de liberar o dinheiro. Os envolvidos costumam assinar contratos de confidencialidade durante essa fase. Os investimentos de capital de risco são realizados, em geral, por fundos regulados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o que obriga as startups beneficiadas a se transformar em sociedade anônima (SA).

Essa regra às vezes é prejudicial ao empreendedor, pois implica em custo. É uma exigência que poderia ser flexibilizada.

13) DESIGN THINKING

design thinking é a supremacia do design no processo industrial, substituindo a mentalidade cartesiana dos engenheiros. Em vez da tecnologia em si, o foco é a experiência do usuário, analisada por times multidisciplinares que, não raro, incluem antropólogos e psicólogos.

Por meio do design thinking busca-se entender para quem se está trabalhando, produzindo ideias, protótipos. Também é importante para receber um feedback da experiência de forma rápida.

14) LEAN STARTUP

Lean Startup, ou startup enxuta, é um termo criado pelo Americano Eric Ries, cujos livros integram a biblioteca básica das aceleradoras. A empresa deve antes de mais nada validar sua ideia. Em vez de desenvolver por completo o site ou app, as startups criam o que chamam de Produto Mínimo Viável, que deve ser alterado a partir do retorno dos usuários. Se não der certo, a startup "pivota": altera drasticamente a proposta para ser aceito no mercado.

A eficácia do lean não é comprovada, mas ele é um conjunto de aprendizados que reduz o risco de fracasso.





Fonte:go2web.com
Autor: Marcos Freitas
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